A Lei nº 5.764/1971 diz que o registro das cooperativas é de competência da OCB. Pensando na melhor forma de fazer isso, as cooperativas foram estruturadas em ramos. O objetivo é organizar internamente nossas ações e projetos de representação das cooperativas brasileiras, a forma de planejar melhor nossas atividades. De acordo com a Resolução OCB nº 56/2019, que regulamenta a classificação dos ramos do cooperativismo, agora, somos organizados em sete ramos.
O Ramo Agropecuário reúne cooperativas de produtores rurais, agropastoris e de pesca. O papel da cooperativa é receber, comercializar, armazenar e industrializar a produção dos cooperados. Reúne também as Cooperativas de alunos de escolas técnicas de produção rural. Atualmente, segundo o IBGE, 48% de tudo que é produzido no campo brasileiro passa, de alguma forma, por uma cooperativa.
Um dos ramos que trazem novidades. Agora, passa a englobar parte das cooperativas do Ramo Educacional, formada por pais e alunos, e do Ramo Turismo e Lazer, na modalidade em que os cooperados adquirem, por intermédio da cooperativa, serviços turísticos. A ideia é somar o poder de compra de todos para reduzir custos de bens e serviços e oferecer melhor atendimento e segurança aos cooperados. São de dois tipos: a fechada, que admite apenas pessoas ligas a uma mesma profissão ou organização; e a aberta, que admite qualquer pessoa que queira se associar.
O ramo segue sem alterações. As cooperativas de crédito são autorizadas a oferecer os mesmo serviços de outras instituições financeiras, como cartão de crédito, financiamento, consórcio, plano de previdência privada, e são também reguladas pelo Banco Central do Brasil. Qual a diferença? Inúmeras. As cooperativas de crédito conseguem oferecer taxas, tarifas e prazos mais adequados à realidade financeira dos seus cooperados, por exemplo. Inclusive, em diversos municípios brasileiros, elas são a única alternativa de acesso aos serviços financeiros.
O ramo ganha mais amplitude, incorporando as atividades de energia elétrica, irrigação, telefonia, telecomunicações, saneamento básico, infraestrutura rodoviária e ferroviária, construção civil e habitação. O cooperativismo de infraestrutura leva qualidade de vida e desenvolvimento econômico para todo o país.
Com a reorganização, este ramo soma forças com os Ramos Trabalho, Produção, Mineral, Especial, parte do Ramo Turismo e Lazer e parte do Ramo Educacional. O cooperativismo de trabalho, produção de bens e serviços é o caminho para profissionais de perfil empreendedor e colaborativo, que acreditam na união de forças para chegarem muito mais longe. Aqui trabalhadores se transformam em donos do seu próprio negócio. Os cooperados participam de toso os processos operacionais e administrativos, e da divisão de resultados.
O Brasil é referência no ramo. Além de sermos pioneiros no setor, somos o país com maior número de cooperativas dedicadas à preservação e à promoção da saúde humana. Reúne cooperativas que podem ser formadas por médicos, dentistas, outros profissionais da saúde e até pelos próprios usuários. O segmento surgiu no Brasil e se expandiu para outros países.
Passa a trazer expressamente a exigência de posso ou propriedade do veículo pelo cooperado e, também, a englobar parte das cooperativas do Ramo Turismo e Lazer. Neste ramo, estão reunidas várias modalidades: transporte individual, coletivo e de cargas. As cooperativas de transporte nasceram como um caminho para a organização, profissionalização e liberdade dos pequenos e médios transportadores. Seja táxi, moto, van, ônibus ou caminhão, o cooperativismo oferece condições para que os transportadores exerçam sua profissão com mais dignidade e oportunidades.